Você tem medo viajar de avião? Curso de Fortaleza usa terapia para acabar com fobia
Fortaleza, Ceará
0 26/08/2017
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Sentir falta de ar, medo e até taquicardia ao sentar numa poltrona de um avião é algo comum para pelo menos 42% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A fobia de voar também atinge muitos cearenses. Contudo, um projeto tenta reduzir essa estatística.Desde o início deste ano, o Projeto Sem Medo de Voar, em Fortaleza, realiza o tratamento de pessoas que possuem fobia de voar. A iniciativa, que faz parte do Centro de Estudos de Psicologia (Cemp), oferece um tratamento específico para esse tipo de problema.De acordo com a psicóloga Janna Bezerra, ter informações verídicas sobre o funcionamento e as questões de segurança dos aviões é o primeiro passo para o controle do medo.Ainda conforme a psicóloga, o projeto surgiu devido a necessidade do tratamento direto dos pacientes com o medo. “Pesquisas sobre as melhores formas de tratamento da fobia de viajar de avião não deixam dúvida de que as terapias comportamentais e, particularmente, as técnicas de exposição são as mais indicadas. Ou seja: o importante é levar o indivíduo a tomar contato gradativa e sucessivamente com a situação. Então era muito difícil se ter um trabalho eficaz com o medo de avião. Foi a partir daí que decidimos criar o projeto”, conta. O curso envolve uma série de atividades durante 45 dias. Durante esse período os alunos passam por sessões de psicoterapia, palestras com psicólogos e com pilotos comerciais, em que eles explicam tudo sobre o voo. “Além de todo esse processo, os pacientes fazem uma visita técnica no avião e, por fim, realizam uma viagem de ida e de volta para alguma cidade próxima de Fortaleza”, explica Janna.Para Pedro Frota, participante da primeira turma do curso, o medo de avião era algo que ele mesmo não conhecia. “Nunca havia andado de avião e combinei com minha namorada de ir tirar o visto americano, em Recife. O avião era algo incerto para mim, não sabia se tinha medo ou não, pois não conhecia a experiência, mas no dia da viagem, já no corredor para entrada na aeronave, meu corpo gelou, minha boca perdeu a cor, meu coração pulsava e tinha a sensação que iria morrer se entrasse, que ali eram meus últimos minutos de vida”, relata.